Terceiro dia de Maratona, segundo dia de provas. Nossa Equipe aproveitou que haviam veículos treinando na pista e entraram Tamara, no Alpha, e Raphael, de skate. Ainda na primeira volta, o capitão faz mais uma presepada e cai. Levamos-no ao ambulatório, onde recebeu curativos, e depois ao boxe para repousar. Devido à chuva, a prova para os veículos elétricos foi atrasada em aproximadamente uma hora. Neste dia a pilota foi Tamara, e os membros que entraram com ela na área de largada foram Matheus e Moura.
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Alpha no segundo dia de provas |
Com 8,11 km marcados no GPS, nossa Equipe deixa a pista, orgulhosa de mais um desempenho acima do esperado.
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Lassery descansando |
Numa dessas visitas, Luiz Fernando constatou que havia um carro elétrico com um conjunto extra de baterias. Conversando com um membro responsável por ele, recebeu a resposta de que era "apenas para controle". Contudo, o artigo 101º do regulamento deste ano colocava:
Entendemos que o controle faz parte do veículo, e por isso deve ser alimentado pela fonte principal e única fornecida pela organização. Além disso, na presença de baterias extras se faz muito complicado averiguar se elas estão sendo aplicadas ou não para alimentação do motor, junto da bateria fornecida. Neste veículo flagrado, a bitola do fio que saía do conjunto extra era mais do que suficiente para suportar uma corrente compatível com a de um motor, centenas de vezes superior à consumida por um controle digital.
Consultamos o prof. Stockler, e ele foi conosco conversar com o responsável pela vistoria dos veículos, Paulo Mazaia. Este admitiu que não entendia de eletrônica (e mesmo assim vistoriava veículos elétricos) e disse que, se quiséssemos, poderíamos adicionar uma bateria para controle, quebrando com o regulamento. Procuramos o organizador da Maratona, Alberto Andriolo, e ele nos pediu uma carta explicando o problema e identificando o veículo acusado. Fizemos isso e lhe entregamos em mãos.
Neste mesmo dia, outros membros da nossa Equipe identificaram mais carros na mesma situação, com um deles portando uma bateria extra de 12 V e 1,3 Ah de capacidade, "para alimentar o PIC". PIC é um microcontrolador, que trabalha tipicamente a 5 V e consome uma corrente muito baixa (200 mA). Se a bateria extra era pra sua alimentação, por que uma tensão maior do que a necessária (e igual à da bateria principal)? E por que uma capacidade da ordem de 30% da bateria principal (ou seja, o veículo portava 30% a mais de energia que os outros), fora o peso excessivo? Apesar de tudo isso sugerir que era utilizada para auxiliar na propulsão do veículo, basta se ater ao fato de ser proibido o uso de qualquer dispositivo extra que armazene energia, independente da finalidade. Nosso intuito não é denunciar ou prejudicar nenhuma outra equipe, e portanto divulgaremos apenas uma foto para ilustrar o ocorrido.
Um dos veículos flagrados com bateria extra |
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Momento do anúncio do resultado parcial |
Pouco tempo depois, recebemos a visita do capitão de uma equipe concorrente. Ele vinha nos propor uma reunião entre as equipes para reclamar do veículo que estava em primeiro lugar, supostamente fora do regulamento em questão estrutural, o que lhe garantia vantagem na prova. Nossa Equipe também identificara as irregularidades do tal veículo, mas se posicionou de maneira diferente: reclamaria não só dele, mas de todos que estivessem fora do regulamento. A reunião ficou combinada para o dia seguinte, pela manhã.
Terminando a noite, dividimos pizzas e histórias com a PoliMilhagem, companheira de boxe.
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